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quinta-feira, 15 de maio de 2014

BONECA DE PORCELANA

Já doeu... Mais mental do que físico.
Já deteriorou, até que ponto?
Cicatrizando pode  através do latejar até onde tamanha sequela possa alcançar.
Já fez-se desespero, onde hoje assenta a conformidade de um mundo melhor.
Já rolaram lágrimas de onde hoje fez pedra a rachar em sorrisos não contínuos
como as belas, sorridentes e infelizes sem almas, bonecas de porcelana.
Já se fez esperança onde hoje apenas a própria respiração alcança em tônico ou combustível da incansável andança.
E se faz a vida, seja firme, no que há de ser.
E que se aguente, no que se possa ou não.
E que hajam linhas e agulhas,  há de sempre suturar,
que inflamem ou latejam, mas que seja possível continuar.
Em céu nublado já se fez tinta para sombras da luz.
Da tempestade já se fora retirada a água para mistura da aquarela do arco-íris...
Sem cor.
J.Mendes

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