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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Pelo Vão

A chuva forma imagens nas vidraças
as cortinas semi-abertas esperam que
teus pensamentos tomem o rumo 
dos meus braços

A água cristalina que insiste na
transparência de minha janela
veio em forma de lágrimas
lavar a carapuça que eu usava para fechar as cortinas

Cansado de ler e não assimilar 
a mesma página o dia inteiro
Meu café começa a esfriar
enquanto o vão das cortinas é meu cativeiro

Quando meus olhos vidrados confundem a chuva e sua obra em arte vitral
com um movimento qualquer a sua volta...
Minha amada...
Minhas lágrimas secariam para que para eu não perdesse um ponto de visão de
teu semblante...
Daria os sorrisos que nossos lábios juntos permitissem...
As cortinas finalmente seriam fechadas ocultando o segredos de
nossos corpos...
... Contudo, são apenas imagens distorcidas na janela.

J.Mendes

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